Os defensores das missões evangélicas e sua incapacidade crítica (por Silas Fiorotti)

Eu cresci no meio evangélico brasileiro que sempre incentivou as “missões transculturais” entre os chamados “povos não alcançados”, principalmente indígenas e islâmicos que não têm acesso a nenhuma tradução da Bíblia. Cresci ouvindo o nome de J. Hudson Taylor (1832-1905), um missionário inglês que atuou na China por muitos anos, além dos nomes de diversos missionários brasileiros que diziam seguir o seu legado e que as nossas igrejas sustentavam.

Não divulgava-se as críticas em relação às atuações de J. Hudson Taylor e de outros missionários, como William Carey (1761-1834) ou Robert Morrison (1782-1834), que tornaram-se heróis míticos de muitos evangélicos. Estes pais das missões protestantes modernas traduziram a Bíblia para diversas línguas, mas o legado deixado não foi propriamente o de igrejas nativas que se “autogovernaram, autoexpandiram e autosustentaram”, inclusive por conta do altamente criticável “paternalismo benevolente” que se difundiu na esteira do paradigma missionário colonizador.

O teólogo sul-africano David J. Bosch (1929-1992) foi um daqueles evangélicos, talvez um dos poucos, que produziu uma obra crítica em relação às missões modernas. No clássico livro Missão transformadora [Transforming Mission], de 1991, Bosch apontou que além do alarde desmedido e do orgulho na exaltação das grandes realizações dos missionários evangélicos, o aspecto ainda mais negativo de muitos defensores da missão diz respeito à total incapacidade crítica frente à própria cultura ou incapacidade de apreciar outras culturas.

Nos dias atuais, se por um lado, podemos especular que predomina a falta de incentivo para o desenvolvimento de uma autocrítica efetiva; por outro lado, os missionários brasileiros e as agências missionárias de “matriz evangélico-fundamentalista” estão sendo obrigados a responderem as críticas, principalmente em relação às suas atuações entre indígenas, advindas de órgãos do governo federal, de diversas organizações e de antropólogos.

A edição de número 347 da revista evangélica Ultimato (Viçosa, MG), de março-abril de 2014, talvez seja um exemplo contemporâneo paradigmático para avaliarmos as reações destes missionários brasileiros diante de diversas críticas.

Uma das reações dos missionários vem através de notas públicas em que acusam órgãos governamentais de perseguição religiosa contra missionários que atuam entre indígenas. A revista Ultimato apresenta uma entrevista com Cassiano Luz, presidente da Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB) que, por sua vez, emitiu uma dessas notas. Cassiano Luz afirma que a suposta perseguição religiosa é fruto de uma “ideologia antievangélica e antimissionária” que encontra forte guarida na academia. Ele defende as agências missionárias evangélicas de “modelo transcultural” afirmando que a evangelização adotada por elas é “dialogal e respeitosa” e não assemelha-se à “catequese impositiva e unilateral”.

Parece-me que ainda falta diálogo destes missionários e defensores das missões com a academia e com os antropólogos. Não entendo como “antievangélica ou antimissionária”, nem como calúnia ou difamação, a análise de algum antropólogo que, ao comparar esse “modelo transcultural” com o “modelo inculturado”, adotado atualmente por católicos e protestantes ecumênicos, afirma que o primeiro aproxima-se mais do “modelo jesuíta” do período colonial. Em suas análises, os antropólogos invariavelmente fazem algumas comparações com base em alguns critérios objetivos.

A mesma edição da revista Ultimato apresenta também dois artigos de duas teólogas e missionárias brasileiras. Tanto Bráulia Ribeiro, no artigo A cultura, esta nossa inimiga, como Antonia Leonora van der Meer, no artigo Uma descoberta surpreendente sobre a influência real dos missionários, parecem alardear uma suposta recém-descoberta e grande realização dos missionários evangélicos. Elas referem-se às pesquisas do sociólogo Robert D. Woodberry.

Li o artigo de Woodberry, de 2012, intitulado The Missionary Roots of Liberal Democracy. A partir da leitura, levantei diversas questões que estão no meu artigo intitulado Onde está a herança missionária de resistência anticolonial?: um diálogo entre Woodberry e Rieger, que foi publicado na revista Práxis Evangélica (n. 25, jul. 2015, pp. 45-60). Minha crítica não recai sobre a proposta de Woodberry no sentido de reavaliar as raízes da democracia em diferentes contextos, mas sim sobre a suposta proposta implícita que tenta provar que a presença dos missionários evangélicos trouxe mais benefícios do que prejuízos e sobre a utilização do artigo no mesmo sentido.

Finalizo este texto com um apelo aos missionários e defensores das missões evangélicas para que estabeleçam com empenho novos diálogos com a academia e com os antropólogos para o desenvolvimento de uma autocrítica efetiva. Toda a sanha por enfatizar apenas as realizações dos missionários evangélicos tem alimentado antigos estereótipos, principalmente em relação aos indígenas e aos islâmicos, e prejudicado as tentativas de apreciação e valorização das culturas locais.

[Artigo publicado originalmente na Revista Novos Diálogos, Rio de Janeiro, 08/9/2015.]

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Silas Fiorotti é cientista social, mestre em Ciências da Religião e doutor em Antropologia Social, professor-pesquisador, e coordenador do projeto Diversidade Religiosa em Sala de Aula. Desenvolveu pesquisa de doutorado sobre o pentecostalismo contemporâneo em Moçambique e no Brasil. E-mail: <silas.fiorotti@gmail.com>.

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Coletivo por uma Espiritualidade Libertária lançou o informativo Diálogos & Espiritualidade que aborda a questão da intolerância religiosa. Esta publicação está no âmbito das atividades da Campanha Contra a Intolerância Religiosa e do projeto Diversidade Religiosa em Sala de Aula. Para saber mais sobre a Campanha Contra a Intolerância Religiosa, leia o texto “É preciso dizer não à intolerância religiosa no Brasil”. E para saber sobre o projeto Diversidade Religiosa em Sala de Aula, leia os textos “Por que falar de religião em sala de aula?” e “É preciso combater a intolerância religiosa na educação básica”.

Informações (sobre cursos, palestras e oficinas) e contatos: <espiritualidadelibertaria@gmail.com>.

Enfrentando o preconceito como alternativa para a promoção da saúde (por Eugênia Zilioli Iost)

O trabalho da Atenção Básica de Saúde (Setor Público) no Brasil enfrenta vários desafios para promover uma população saudável. A UBS (Unidade Básica de Saúde) é a porta de entrada principal para os munícipes iniciarem as investigações das queixas físicas e mentais, aumentando com isso a complexidade no trabalho dos profissionais de saúde.

A visão que temos sobre a Saúde de uma população incide diretamente no processo de trabalho dos profissionais. De acordo com a linha teórica da Saúde Coletiva, os aspectos que podem influenciar no processo Saúde-Doença não são exclusivamente biológicos, a maneira como a sociedade se organiza, socialmente, economicamente e culturalmente, tem uma atuação potencialmente elevada no desenvolvimento das doenças.

Com base nessa teoria, a UBS Alpes do Jaraguá, no município de São Paulo, desenvolveu um projeto intitulado de “Alpes Diversidade”. Este projeto, pretende ampliar a visão de mundo dos profissionais de saúde e demais trabalhadores da Unidade (Segurança, Limpeza, Administrativo), sobre assuntos ligados aos direitos humanos. Em março de 2015, iniciamos rodas de conversa com todos os trabalhadores da UBS, sendo o primeiro tema “Racismo no Brasil”. O segundo tema deste projeto foi a “Intolerância Religiosa às religiões de matrizes africanas”.

Durante as rodas de conversa, contamos com um professor de filosofia que é líder no Candomblé e isso permitiu um aprofundamento sobre o assunto. Apresentamos também um documentário da ONU Brasil sobre o preconceito às religiões de matrizes africanas (ou religiões afro-brasileiras) no Brasil. Durante o debate, os participantes (principalmente cristãos), questionaram sobre os símbolos dessas religiões serem semelhantes à imagem do “demônio” e que se sentiam “mal” quando assistiam aos seus rituais. Estes apontamentos foram fundamentais para que a equipe condutora do Projeto pudesse esclarecer sobre as diferenças entre os símbolos religiosos e os seus significados nas religiões de matrizes africanas.

Foi possível também abordar sobre o modelo eurocêntrico, imposto ao Brasil desde a sua colonização e que o olhar sobre um culto religioso necessita de uma base cultural alinhada à religião específica.

Como gerente dessa UBS, pude observar que essas rodas de conversas, impulsionaram uma reflexão sobre os modelos e conceitos fundamentalistas da nossa sociedade, vários funcionários comentam que hoje estão vendo, por exemplo, as cotas raciais de outra maneira, pois entenderam que desde a libertação dos escravos esta foi a primeira ação de inclusão do negro no sistema de educação.

Esse projeto tem permitido evidenciar que é possível organizar um ambiente propício para a reflexão de temas inclusivos e que não importa onde estamos ou o que fazemos, o fundamental é sairmos da posição de expectadores e atuarmos como protagonistas das nossas vidas.

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Eugênia Zilioli Iost é gerente da UBS Alpes do Jaraguá, mestre em Enfermagem em Saúde Pública, e membro do Coletivo por uma Espiritualidade Libertária. E-mail: eugeniazilioli@yahoo.com.br.

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O Coletivo por uma Espiritualidade Libertária (de São Paulo) também aceita convites para palestras voltadas para jovens, estudantes, educadores e religiosos. Entre em contato conosco para levar alguma palestra para sua instituição, empresa, escola, igreja, grupo de jovens ou coletivo. Para saber mais sobre a Campanha Contra a Intolerância Religiosa, leia o texto “É preciso dizer não à intolerância religiosa no Brasil” de Amauri Alves e Silas Fiorotti. E para saber sobre o projeto “Diversidade religiosa em sala de aula”, leia o texto “Por que falar de religião em sala de aula?” de Silas Fiorotti.

Contato: espiritualidadelibertaria@gmail.com.

A idolatria da Bíblia (por Angelica Tostes)

Gioacchino da Fiore (1130-1202) , abade cisterciense e filósofo místico, acreditava em três idades da história, e elas se modelavam de acordo com a Trindade. A primeira idade seria o período em que vivíamos sob a lei, caracterizado pela escravidão e temor, pertencente ao Pai. O segundo período seria o  vivemos, a graça, caracterizado pela fé e uma servidão filial, pertencente ao Filho. O terceiro e último estado seria o qual viveremos em um estado de graça mais que perfeita, caracterizado pela liberdade e caridade, que seria o tempo do Espírito. (Vattimo, 2004, p. 43). A leitura bíblica do Espírito é marcada pela caridade e sensibilidade, não mais pela literalidade do texto. É a era marcada pela contemplação e não mais pela “autoridade da letra”.

Vejo que há um movimento de religiosas e religiosos que tem buscado a leitura do Espírito, entretanto, como sempre, estão sofrendo perseguições das próprias comunidades de fé. A liberdade proporcionada pelo Espírito incomoda aqueles que estão apegados a doutrinas e fundamentos sem sentido, eles não suportam a liberdade! E por isso há também um movimento contra a leitura do Espírito:  são os idólatras.

Os ditos “defensores da ortodoxia” idolatram a Bíblia. Essa passa a ser o seu Deus, a quem prestam adoração e sacrifícios. Perseguem aqueles e aquelas que tem uma outra hermenêutica, senão aquela da “literalidade”. Dizem que estes não devem ser considerados cristãos, que devem ser banidos de suas convenções eclesiásticas, que estão profanando a fé. Quando, na realidade, aqueles que idolatram a Bíblia são os que estão adorando outros deuses, profanando o Espírito e a Vida, impondo uma só maneira de leitura e a colocando como centro da fé cristã. “Quando deslocamos Cristo do centro, substituindo-o pela Bíblia, perdemos a essência da fé e caímos em idolatria (substituindo o sentido pelo significado).” (Neto, 2016)

Para o filósofo e poeta alemão Novalis “não há nada como a letra para anular a sensibilidade (religiosa)” (1995, pp. 25-26).  Isso ressoa nas palavras do próprio Jesus “Vocês estudam cuidadosamente as Escrituras, porque pensam que nelas vocês têm a vida eterna. E são as Escrituras que testemunham a meu respeito; contudo, vocês não querem vir a mim para terem vida.” (Jo 5:39,40). Foca-se da Palavra e esquece de quem profere a Palavra. Anula-se a sensibilidade, e assim, o Espírito morre. Como bem disse Feuerbach  que nesses dias “a verdade é considerada profana e somente a ilusão é sagrada.”

“A religião não é marcada profundamente por sistemas teológicos, mas por poesias, contos, canções e rituais” (Neto, 2016). O filósofo Gianni Vattimo acredita, assim como Fiore, na hermenêutica da caridade e, como Novalis, na sensibilidade da fé, que é justamente a poesia e beleza da religião. E a partir dessas duas características de interpretação, a Bíblia se torna a libertação de muitas minorias oprimidas pela própria Bíblia. Deve haver uma conscientização geral de que “a única coisa que conta é a caridade; de fato, somente a caridade constituiu o limite e o critério da interpretação espiritual da Escritura” (Vattimo, 2004, p. 66).

Em uma entrevista o teólogo Walter Brueggemann foi indagado sobre o movimento LGBTQ e disse: “Eu sei que esses textos estão na Bíblia, mas a Bíblia é uma tradição dinâmica que está sempre em movimento para uma nova verdade”.  A contra-reposta foi que muitos temem em desobedecer a Bíblia quando o assunto é esse, e sua resposta não poderia ser mais lúcida: “Não é uma questão de obedecer a Bíblia – é sobre obedecer o Evangelho. O Evangelho é sobre o amor salvífico de Deus que quer restaurar toda a humanidade à plena comunhão. Para voltar a um texto antigo que já foi corrigido pela revelação de Deus em Jesus Cristo é simplesmente uma péssima manobra e uma pobre metodologia e uma irresponsabilidade teológica. Esses textos não são determinantes. Os  textos que são determinantes são aqueles que falam sobre o amor de Deus que tem sido mostrado para nós em Jesus. E não podemos comprometer isso.” (2015)

Quando não se tem uma leitura de caridade das Escrituras Sagradas o próprio evangelho fica comprometido. O Reverendo Luiz Carlos Ramos, em um dos seus belíssimos textos, diz que existem duas maneiras de ler as Escrituras Sagradas. A primeira seria lermos a letra morta, e daí surgiria o legalismo, fundamentalismo, inquisidores e terroristas. A segunda maneira seria optarmos pela mediação do espírito que vivifica, relendo o texto e o que transcende a própria letra, que é a  “força geradora de viva, dinâmica, que se atualiza e se encarna em cada nova geração.”

Os idólatras da Bíblia se tornaram os fariseus dos tempos bíblicos. Não enxergam a dinâmica do Espírito, a dinâmica da fé, pois só leem a letra morta. Por terem medo de perderem a própria “identidade cristã”, oprimem o diferente, tentam moldar a todos para se tornarem iguais, pois assim, sem a divergência de opiniões, sua fé se torna imutável. Os fundamentalistas não compreendem o básico, que “a Bíblia revela a busca humana pelo Sagrado e, por isso, apresenta várias ideias sobre Deus. A Bíblia é plural, não é unívoca” (Neto, 2016). E apresenta também várias interpretações do texto, o que é excelente para a reflexão e ação prática nos dias de hoje.. “O espírito sopra na direção que deseja, o seu é o reino da liberdade e fixar-lhe limites conclusivos seria um modo indevido de restringi-lo” (Vattimo, 2004, p. 45).

Lembro da resposta do meu tio José Thomaz Filho, teólogo e poeta católico, quando fui demitida do colégio que fui contratada por “não ter vivência da fé católica”, citando Marcos 9,38-41 comenta:

“[…] As instituições têm o grande problema de querer controlar Deus, de querer encaixotá-lo. Mas Deus não é encaixotável! […]
Nessa passagem de Marcos vemos que aquele que rejeita acha-se o dono da verdade, e acha que o outro é um atrevido, inoportuno, um atropelador, um herege, um lobo em pele de cordeiro que precisa ser calado, rechaçado. Esquece-se de que a Verdade é Jesus, e não tem dono. Esquece-se de que Ele olha o coração e não a aparência. Esquece-se de que a questão não é mais de adorar a Deus no monte da Samaria ou em Jerusalém (Jo 4,20-24), mas em espírito e verdade.
O processo é sempre esse: primeiro me convenço, não importa por qual razão, de que o outro é diferente, e convenço-me sem ouvi-lo, sem dar-lhe a chance de se revelar; depois coloco-lhe o rótulo de diferente, que leio como inimigo e intolerável, e contra o próprio Deus; e posso, então, eliminá-lo. […] Como Jesus continua não compreendido!… Não sendo respeitado! Sendo perseguido! Sendo crucificado!”

Jesus é crucificado a cada palavra de opressão,a cada violência simbólica, ironia, calúnia contra aos que leem a Bíblia na perspectiva do Espírito. Aos que sofrem a perseguição dos legalistas e idólatras da Bíblia: Espero que a violência do discurso não os atinja e desanime. E que se lembrem que  a única intolerância que devemos ter é aquela que vai de encontro com a de Cristo. Intolerância dos idólatras da Bíblia, dos “peritos na Lei”. Como diz o São Brabo no seu texto “Primeiro passo: Viva a intolerância contra os religiosos”:

“O alvo da nossa intolerância deve ser outro, o alvo que foi também o de Jesus: os que passeiam pelo mundo crendo ter o aval inequívoco e a credencial indelével do Verdadeiro Deus©. Aqueles que, nas palavras de Paulo, estão “persuadidos de serem guias dos cegos, luz dos que se encontram em trevas, instrutores de ignorantes, mestres de crianças, tendo na lei a forma da sabedoria e da verdade” – mas que “ensinam os outros sem ensinarem a si mesmos” (2006).

Assim como Gioacchino da Fiore “profetizou” séculos atrás a respeito da história da salvação, que a Escritura realmente sofra uma transformação “espiritualizante”. Que a revelação bíblica seja além do “seguir literalmente” as Escrituras, mas que adquira um sentido pleno para ser aplicado à nossa realidade. Como bem disse Vattimo “não mais o texto e sim o espírito da revelação; não mais servos e sim amigos; não mais o temor ou a fé e sim a caridade; e, talvez, também não mais a ação e sim a contemplação.” (2004, p. 45)

“De uma coisa eu desconfio com força: Toda religião nasce como poesia e morre como dogma. Dogma é letra morta. Poesia é vida pura. Mas quem lê poesia como quem lê bula de remédio fica doente.

Se bem me lembro, Jesus preferia as parábolas. Jeito atravessado de fazer teologia: converter a vida em poesia e devolver a poesia pra vida.”

Reverendo Luiz Carlos Ramos

Bibliografia

Brabo, Paulo. “Primeiro passo: Viva a intolerância contra os religiosos”, 2006. Disponível em: <www.baciadasalmas.com/1-viva-a-intolerancia>. Acesso em: 22 de julho de 2016.

Brueggemann, Walter. “It’s Not a Matter of Obeying the Bible”: 8 Questions for Walter Brueggemann”, 2015. Disponível em : <www.faithstreet.com/onfaith/2015/01/09/walter-brueggemann-church-gospel-bible/35739>. Acesso em: 21 de julho de 2016.

Neto, Adair. “Como ler a Bíblia?” 2016. Disponível em: <furoa.wordpress.com/2016/07/09/como-ler-a-biblia>. Acesso em: 19 de jullho de 2016.

_____. “Heresias mal redigidas”, 2016. Disponível em: <furoa.wordpress.com/2016/07/25/heresias-mal-redigidas>. Acesso em: 25 de julho de 2016.

Ramos, L. C. “Jeito atravessado de fazer teologia”, 2016. Disponível em <www.luizcarlosramos.net/jeito-atravessado-de-fazer-teologia>. Acesso em: 21 de julho de 2016.

Vattimo, Gianni. Depois da cristandade. Rio de Janeiro: Record, 2004.

* Angelica Tostes é teóloga, membro do Coletivo por uma Espiritualidade Libertária, e articuladora da Rede Fale SP. E-mail: angelicatostes@gmail.com.
Fonte: <angeliquisses.wordpress.com/2016/07/22/a-idolatria-da-biblia>.