Inscrições abertas para extensão em “Diversidade religiosa em sala de aula”, em São Paulo

O curso de extensão universitária “Diversidade religiosa em sala de aula” está com as inscrições abertas. Este curso é coordenado pelo Coletivo por uma Espiritualidade Libertária.

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O curso é voltado para professores e demais profissionais da educação básica e comunidade, mas aberto a interessados em geral, graduados e graduandos em qualquer área. Serão 5 módulos (20h) com 5 encontros presenciais (sábados das 8h00 às 12h00) mais leituras e atividades a distância.

O primeiro encontro presencial será no dia 20 de maio (sábado) a partir das 8h00, no Centro de Pós-graduação do Complexo Educacional FMU, localizado na Rua Vergueiro, 107, Liberdade (próximo ao metrô São Joaquim), aqui na cidade de São Paulo. Compareçam!

  • Módulo 1: Diversidade religiosa e direitos humanos
  • Módulo 2: Intolerância religiosa no Brasil e em sala de aula
  • Módulo 3: Elementos para promover e valorizar a diversidade religiosa
  • Módulo 4: Diversidade religiosa nos materiais didáticos e objetos de aprendizagem
  • Módulo 5: Diversidade religiosa no planejamento das aulas

As vagas são limitadas.

Inscrições:
http://portal.fmu.br
Tel.: 11 3132 3000

Informações (sobre esse e outros cursos): espiritualidadelibertaria@gmail.com

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O Coletivo por uma Espiritualidade Libertária anuncia o lançamento do primeiro número do informativo “Diálogos & Espiritualidade” (2017) que aborda a questão da intolerância religiosa. Essa publicação está no âmbito das atividades da Campanha Contra a Intolerância Religiosa e do projeto “Diversidade religiosa em sala de aula”. Para saber mais sobre a Campanha Contra a Intolerância Religiosa, leia o texto “É preciso dizer não à intolerância religiosa no Brasil” de Amauri Alves e Silas Fiorotti. E para saber sobre o projeto “Diversidade religiosa em sala de aula”, leia o texto “Por que falar de religião em sala de aula?” de Silas Fiorotti.

Diálogo sobre mitos femininos na pajelança e nas religiões afro-brasileiras (25/3/2017), em São Paulo

Nós do Coletivo por uma Espiritualidade Libertária convidamos para:

Diálogo sobre mitos femininos no xamanismo, na pajelança e nas religiões afro-brasileiras” no dia 25/3 (sábado) às 9h30.

Com a presença de: William Bezerra Figueiredo (pesquisador da Umesp) e mediado por Gabriela Veloso (do Espiritualidade Libertária).

Haverá também o lançamento do informativo “Diálogos & Espiritualidade”.

O encontro iniciará pontualmente às 9h30 no salão paroquial da Igreja Imaculada Conceição, na Avenida Brigadeiro Luis Antonio, 2071, São Paulo, SP (próximo ao metrô Brigadeiro).

A participação é gratuita. Pedimos apenas que confirmem a presença por e-mail (espiritualidadelibertaria@gmail.com) e contribuam com quitutes ou frutas para partilharmos durante o encontro.

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O Coletivo por uma Espiritualidade Libertária anuncia o lançamento do primeiro número do informativo “Diálogos & Espiritualidade” (2017) que aborda a questão da intolerância religiosa. Essa publicação está no âmbito das atividades da Campanha Contra a Intolerância Religiosa e do projeto “Diversidade religiosa em sala de aula”.

“Diálogos & Espiritualidade”, informativo aborda a questão da intolerância religiosa

O Coletivo por uma Espiritualidade Libertária anuncia o lançamento do primeiro número do informativo “Diálogos & Espiritualidade” (2017) que aborda a questão da intolerância religiosa. Essa publicação está no âmbito das atividades da Campanha Contra a Intolerância Religiosa e do projeto “Diversidade religiosa em sala de aula”.

O conteúdo está disponível e pode ser baixado através do seguinte link.

Conteúdo do informativo “Diálogos & Espiritualidade” (2017):
– Campanha Contra a Intolerância Religiosa e Projeto “Diversidade religiosa em sala de aula” (p. 3);
– Texto “As raízes do diálogo inter-religioso”, por Angélica Tostes (pp. 4-5);
– Depoimentos, informações e fotos (pp. 6-7);
– Entrevista com Sarah Ghuraba (muçulmana), por Silas Fiorotti (pp. 8-9);
– Entrevista com Patrício Araújo (candomblecista), por Silas Fiorotti (pp. 10-11);
– Texto “Enfrentando o preconceito como alternativa para a promoção da saúde”, por Eugênia Zilioli Iost (p. 12).

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Também há uma versão disponível do informativo “Diálogos & Espiritualidade” (2017) para impressão que pode ser baixada através do seguinte link.

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O Coletivo por uma Espiritualidade Libertária (de São Paulo) aceita convites para palestras voltadas para jovens, estudantes, educadores e religiosos. Entre em contato conosco para levar alguma palestra para sua instituição, empresa, escola, igreja, grupo de jovens ou coletivo. Para saber mais sobre a Campanha Contra a Intolerância Religiosa, leia o texto “É preciso dizer não à intolerância religiosa no Brasil” de Amauri Alves e Silas Fiorotti. E para saber sobre o projeto “Diversidade religiosa em sala de aula”, leia o texto “Por que falar de religião em sala de aula?” de Silas Fiorotti.

Contato: espiritualidadelibertaria@gmail.com.

 

“Ser de candomblé é assumir o risco de ser discriminado o tempo todo”, entrevista com Patrício Carneiro Araújo

Entrevista com Patrício Carneiro Araújo (“Odé Nisojí n’Egbé Irê-Ô”), concedida a Silas Fiorotti, membro do Coletivo por uma Espiritualidade Libertária, no dia 31 de janeiro de 2017, dentro das atividades da Campanha Contra a Intolerância Religiosa (2017) e do projeto “Diversidade religiosa em sala de aula”.

Há quanto tempo você é candomblecista? O que é ser um candomblecista para você?

Conheci o candomblé no ano 2000, virada de século. Porém, meus primeiros contatos mais profundos com o candomblé se deram, em 2001, em João Pessoa, na Paraíba. Lá conheci o mundo dos terreiros, das nações de candomblé e dos orixás. Foi amor à primeira vista. No primeiro contato que tive com um terreiro já percebi que ali era meu lugar no mundo. Naquele mesmo ano, estive pela primeira vez diante do oráculo sagrado (jogo de búzios). No mesmo dia que o Pai Buiú de Oyá Onira jogou pra mim, fui a uma festa de Oxum (Ipeté) na casa da Mãe Chaguinha de Oxósse onde, pela primeira vez tive a honra de sentir no meu corpo a energia do meu orixá (Odé). Foi ali que comecei a entender o que é ser de candomblé. Em 2003, vim viver em São Paulo, onde, em 2007, me iniciei como filho de Odé Irinlê (Oxósse), na nação Ketu. Este ano (2017) completo, com muita honra e gratidão, 10 anos de iniciado. Sou filho do Pai Daniel Oguntobi, babalorixá n’Egbé Ire-ô, Diadema, São Paulo. Tenho então 17 anos de candomblé e 10 anos de iniciado.

Para mim, ser candomblecista é ter a consciência de que o ser humano realmente é um ser para a transcendência. É saber que a pessoa não está sozinha no mundo e que cada partícula da natureza, desde as folhas de uma planta até a poeira cósmica, compõem uma mesma realidade sagrada e sacralizante. Ser candomblecista é saber que o ser humano é imortal através da memória do seu povo e do seu grupo. Ser de candomblé é perceber-se como parte da divindade que dá vida e que mantém a vida de tudo que é animado e inanimado. Mas ser candomblecista também é ter consciência de que será vítima do racismo, discriminação e rejeição por parte da sociedade na qual vivemos. Ser de candomblé é perceber-se como parte de um povo mal compreendido que luta todo dia para provar ao mundo que não cultua o demônio e não faz mal às pessoas. Então, ser candomblecista é mais do que ser um religioso ou seguidor de uma religião: é assumir uma postura política diante do mundo. Para cultuar seu orixá, nkisi, vodum, etc., é preciso assumir uma posição política no sentido de defender aquilo que há de mais precioso para qualquer pessoa: sua consciência de sagrado.

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Você já sofreu algum tipo de preconceito por conta da sua fé?

Várias vezes. Aqui faço questão de relembrar meus primeiros contatos com o preconceito, discriminação e racismo contra o mundo dos terreiros. Lembro-me que na minha infância, no povoado de Palmeira, Município de Imaculada, Paraíba, na década de 1980, a única religião que conhecíamos era o catolicismo. A Igreja praticamente mandava em tudo e em todos. Naquela época, duas umbandistas daquele povoado, depois de viverem no sudeste voltaram pra lá levando a umbanda. Lembro-me bem da intolerância que tiveram que enfrentar. Para manter a memória, faço questão de lembrar o nome de uma delas: Dona Maria Balá. Esta senhora sempre teve que morar em um sítio longe do povoado (cujo nome, Crioulos, me leva a pensar que ali um dia pode ter existido um quilombo). E sempre que vinha ao povoado, para as feiras ou outros compromissos, era evitada por grande parte das pessoas. Muita gente tinha medo dela e a evitava. Era vista como uma pessoa perigosa só pelo fato de ser umbandista. Tempos depois teve que ir morar em outra cidade. A pressão era muito grande. A outra umbandista nem lembro o nome. E isso é sintomático. Lembro que era parente de uma professora do lugar, Iraci. Mas, essa umbandista logo teve que se mudar também. O preconceito, racismo e intolerância religiosa a impediram de permanecer morando lá.

No meu caso, já vivi diversas situações de preconceito e intolerância por motivação religiosa. Inclusive na minha família. Lembro-me que minha mãe biológica, que não entende nada de candomblé e acha que é coisa do demônio, uma vez ameaçou de me abandonar, caso eu me iniciasse no candomblé. Noutra ocasião, uma irmã biológica, a quem amo muito e que sempre me acolheu na sua casa, tempos depois que eu me iniciei precisei passar uma temporada morando na casa dela. Mesmo me acolhendo de pronto, discretamente me sugeriu que, caso eu fosse realmente morar lá, evitasse levar as coisas de orixá: “Não por nós, mas, por causa dos vizinhos”, se justificou. De outra vez, andando  de roupa branca (preceito recomendado aos iniciados nos dias de sexta-feira ou em períodos de ritualizações) pelas ruas do meu bairro, ao passar diante de um posto de combustíveis ouvi um frentista esconjurar o demônio atrás de mim. Acho que não preciso dizer que, naquela ocasião o demônio era eu. Em outra ocasião, por estar vestido de branco, usando torço (indumentária religiosa utilizada para cobrir a cabeça sacralizada) e fios de contas (colares sagrados que identificam os orixás) ao entrar em um ônibus e sentar numa poltrona do lado de uma senhora, esta se levantou e preferiu seguir viagem em pé, longe de mim. Situações como essas são comuns no cotidiano de pessoas ligadas ao candomblé e às outras religiões afro-brasileiras. Desafio um frequentador de terreiros que não tenha uma coleção de casos semelhantes. Por isso falo que ser de candomblé é assumir uma postura política diante do racismo, preconceito e discriminação. Ser de candomblé é assumir o risco de ser discriminado o tempo todo, inclusive por seus familiares que não são desse meio.

“Ser de candomblé é assumir uma postura política diante do racismo, preconceito e discriminação. Ser de candomblé é assumir o risco de ser discriminado o tempo todo, inclusive por seus familiares que não são desse meio.” (Patrício Carneiro Araújo)

Você fez uma pesquisa sobre a intolerância religiosa nas escolas. Como a intolerância religiosa se manifesta na educação básica? Essa intolerância religiosa vem acompanhada com outros preconceitos?

Na educação básica a intolerância religiosa se manifesta de muitas formas. De forma institucional, quando a escola elabora currículos intolerantes e racistas que só privilegiam os conteúdos ligados às culturas hegemônicas e aos grupos que se mantêm há séculos no poder. Quando professores e gestores colocam suas crenças pessoais e idiossincrasias à frente das suas ações profissionais, promovendo quem crê como eles e discriminando, ou mesmo demonizando, quem crê de outra forma. Quando os materiais didáticos privilegiam uma cultura religiosa hegemônica e silencia sobre as religiões dos grupos historicamente discriminados. Quando a formação dos professores reproduz preconceitos, discriminações, estereótipos e erros acerca das religiões minoritárias. Quando as Secretarias de Educação e Diretorias de Ensino se transformam em púlpito a serviço de religiosos fundamentalistas que ocupam cargos e funções administrativas, etc. No plano das relações mais diretas e imediatas, a intolerância religiosa também se manifesta na educação básica toda vez que uma criança é xingada por ser de terreiro; sempre que amizades se desfazem quando um dos amigos fica sabendo que seu colega, com quem conviveu harmonicamente durante anos, é de terreiro; quando, durantes as aulas e atividades, professores fundamentalistas reafirmam, diante de seus alunos, que macumba é coisa do diabo e que quem é de candomblé não vai pro céu e não se salvará; sempre que símbolos de religiões minoritárias são vilipendiados, rejeitados, proibidos etc., enquanto os símbolos das religiões majoritárias são acolhidos, promovidos, exaltados e impostos. Por exemplo, toda vez que um crucifixo é afixado à parede da escola, enquanto o fio de contas no pescoço da criança de candomblé é desqualificado, a intolerância religiosa está acontecendo. Em todas essas situações, e em muitas outras, a escola está reforçando o racismo e a intolerância. E, por isso mesmo, está traindo sua verdadeira natureza e função. Uma escola racista e intolerante é uma escola traidora.

“Toda vez que um crucifixo é afixado à parede da escola, enquanto o fio de contas no pescoço da criança de candomblé é desqualificado, a intolerância religiosa está acontecendo.” (Patrício Carneiro Araújo)

Nesse sentido, a intolerância religiosa é um tipo de violência que sempre vem acompanhada de outras: machismo, homofobia, racismo, agressão, desrespeito, etc. Afinal, na maioria dos casos, os agentes da intolerância religiosa são pessoas fortemente apegadas a suas concepções religiosas fundamentalistas. Contudo, nunca se pode perder de vista que a intolerância religiosa é uma forma de racismo. Racismo e intolerância religiosa são irmãos siameses. E por isso mesmo devem ser consideradas como um crime contra a humanidade. Intolerância religiosa não é brincadeira e nem mal entendido: é crime. E como crime deve ser denunciada, combatida e punida.

Mesmo sendo evangélico, sei que nós evangélicos temos muita responsabilidade pela intolerância religiosa contra adeptos das religiões afro-brasileiras. Você pode passar alguma mensagem aos evangélicos que não conhecem as religiões afro-brasileiras e seus adeptos?

Se eu tivesse a oportunidade de dar um conselho aos evangélicos fundamentalistas e intolerantes eu lhes aconselharia ir ler os evangelhos. Lhes recomendaria reler o Sermão da Montanha. Creio que os setores evangélicos fundamentalistas (que infelizmente não são poucos) não entenderam nada da mensagem evangélica. Diz-se que, uma vez indagado sobre por que não se convertia ao cristianismo, Gandhi afirmou que seu problema não era o cristianismo e sim os cristãos. Não se tem conhecimento de que Jesus defendesse a violência e a intolerância. Salvo engano, as únicas pessoas que despertaram a raiva de Jesus foram os fariseus, a quem ele chamou de “sepulcros caiados”. Sendo assim, aos evangélicos intolerantes e violentos eu aconselharia fazerem um exame de consciência sincero, a fim de investigarem até que ponto não estão sendo os sepulcros caiados de quem o Mestre de Nazaré falou.

Há quem diga que a intolerância é filha da ignorância e que só existe entre aqueles que não conhecem as outras religiões. Discordo disso. Há muita gente que mesmo conhecendo discrimina. Conhecer não é suficiente para respeitar. Para que se respeite é preciso ser honesto. Sendo assim, aos evangélicos intolerantes eu também recomendaria uma boa dose de honestidade. O evangélico honesto não discrimina. Não é intolerante. Não reproduz discurso de ódio. O evangélico honesto até prega o Evangelho para o membro de outra religião, mas nunca o agride. Sempre o respeita. Nem todo evangélico é intolerante. Então, podemos afirmar que é possível conviver com o outro sem agressão e respeitando-o. Qual o mal em falar da sua religião para membros de outras religiões? Nenhum. O problema começa quando a desonestidade passa à frente do sentimento de fé verdadeira. Aí o discurso de ódio assume o lugar da sinceridade de fé. Então não resta outra opção: os evangélicos têm que voltar a ler os evangelhos e tentar compreender sua mensagem. Quando a compreenderem de fato, verão que lá não há espaço para a intolerância, o ódio e a violência.

Outra recomendação aos evangélicos que lerem essas simples palavras é que procurem conhecer melhor as religiões afro-brasileiras. Àqueles que assim o desejarem convido a visitar um terreiro. Se aceitarem meu convite verão que essas religiões não adoram o diabo e não fazem mal às pessoas. Verão também como o povo de terreiro é feliz e jamais desrespeita o sagrado do outro. Da mesma forma, ao visitar um terreiro verão os valores cultivados pelo povo de santo e como viver é leve quando um se preocupa e cuida do outro como se fosse parte da divindade cultuada. Verão também como a natureza é reverenciada como parte da criação de Olorum (Deus). E, por fim, verão que o sentido da vida está no amor e não no ódio.

Suponho que você possua amigos e familiares que também são evangélicos. Agora no sentido de quebrar estereótipos, você pode citar algum aspecto que você considera positivo relacionado aos evangélicos?

Sim, com certeza tenho muitos amigos evangélicos. E também tenho muitos membros da minha família que são evangélicos. Tenho irmão que é diácono da Assembleia de Deus. Tenho um profundo respeito por eles e, da mesma forma, sempre fui muito respeitado. Naturalmente há aqueles que em vez do diálogo preferem o silêncio, quando o assunto é religião. Quando isso acontece respeito o silêncio deles e nos comunicamos através do respeito ao silêncio um do outro. Mas, no geral, todos me respeitam como candomblecista. E alguns até aproveitam para tirar dúvidas e conhecerem melhor a forma de crer e viver do povo de terreiro. Dessa forma, entre os muitos aspectos positivos que percebo nesses evangélicos, com os quais convivo, destaco o esforço em respeitar o outro, o profundo senso de reverência ao sagrado e às sagradas escrituras, o cuidado com a família, a valorização do trabalho, o zelo pela sacralidade da vida, a solidariedade e o desejo de fazer as coisas certas. Todos esses valores, e muitos outros, percebo nos evangélicos com os quais convivo. Da mesma forma, esses mesmos valores também podem ser percebidos entre o povo de terreiro. Então, se temos tanto em comum, por que não nos respeitarmos?

“Entre os muitos aspectos positivos que percebo nesses evangélicos, com os quais convivo, destaco o esforço em respeitar o outro, o profundo senso de reverência ao sagrado e às sagradas escrituras, o cuidado com a família, a valorização do trabalho, o zelo pela sacralidade da vida, a solidariedade e o desejo de fazer as coisas certas.” (Patrício Carneiro Araújo)

Agradecemos por essa entrevista.

Agradeço o convite para essa conversa e novamente reafirmo que o remédio contra o ódio é o amor. E, se uma religião não ensina a amar não faz sentido existir. Mas, esse amor de que falo não é o amor egoísta e narcísico que só ama o semelhante. Falo do amor que Jesus ensinou e que Oxalá ensina: o amor incondicional. Afinal, como o próprio Jesus falou: “Com efeito, se amais aos que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem também os publicanos a mesma coisa? E se saudais apenas os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem também os gentios a mesma coisa? Portanto, deveis ser perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” (Mateus 5, 46-48).

Axé!

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Patrício Carneiro Araújo (“Odé Nisojí n’Egbé Irê-Ô”) é doutor em Ciências Sociais pela PUC-SP. E-mail: patricio.carneiroa@gmail.com.

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O Coletivo por uma Espiritualidade Libertária (de São Paulo) aceita convites para palestras voltadas para jovens, estudantes, educadores e religiosos. Entre em contato conosco para levar alguma palestra para sua instituição, empresa, escola, igreja, grupo de jovens ou coletivo. Para saber mais sobre a Campanha Contra a Intolerância Religiosa, leia o texto “É preciso dizer não à intolerância religiosa no Brasil” de Amauri Alves e Silas Fiorotti. E para saber sobre o projeto “Diversidade religiosa em sala de aula”, leia o texto “Por que falar de religião em sala de aula?” de Silas Fiorotti.

Contato: espiritualidadelibertaria@gmail.com.

II Feira dos Direitos Humanos (08/12/2016), em São Paulo

No dia 08 de dezembro (quinta-feira) a partir das 19h, ocorrerá a II Feira dos Direitos Humanos da organização Conectas Direitos Humanos, aqui na cidade de São Paulo. A feira contará com a exposição de 28 projetos relacionados à promoção da cidadania e dos direitos humanos e cerca de 100 participantes.

O evento será realizado em comemoração ao Dia Internacional dos Direitos Humanos, com o objetivo de divulgar e fortalecer a luta pela defesa dos direitos fundamentais através de um grande encontro entre pessoas que trabalham ou se interessam pela área.

O Coletivo por uma Espiritualidade Libertária foi selecionado para expor o projeto “Diversidade religiosa em sala de aula” e as ações da “Campanha Contra a Intolerância Religiosa”.

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A II Feira dos Direitos Humanos ocorrerá na sede da Conectas, localizada na Avenida Paulista, 575, Edifício Barão de Ouro Branco, 19º andar (próximo ao metrô Brigadeiro), São Paulo, SP. Informações: 11 3884 7440, comunicacao@conectas.org.

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Para saber sobre a “Campanha Contra a Intolerância Religiosa”, leia o texto “É preciso dizer não à intolerância religiosa no Brasil”, e para saber sobre o projeto “Diversidade religiosa em sala de aula”, leia o texto “Por que falar de religião em sala de aula?”.

Convide o Coletivo por uma Espiritualidade Libertária para ministrar uma oficina ou palestra na sua escola, organização ou instituição religiosa. Entre em contato conosco: espiritualidadelibertaria@gmail.com.

Campanha Contra a Intolerância Religiosa (2017)

Nós, do Coletivo por uma Espiritualidade Libertária, apoiamos todas as iniciativas de combate à intolerância religiosa. No mês de janeiro de 2017, por conta do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, ocorrerão diversas atividades por todo o país.

Organize e/ou participe de alguma atividade na sua cidade. Diga #nãoàintolerânciareligiosa!

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Para saber mais sobre a Campanha Contra a Intolerância Religiosa, leia o texto “É preciso dizer não à intolerância religiosa no Brasil” de Amauri Alves e Silas Fiorotti. E para saber sobre o projeto “Diversidade religiosa em sala de aula”, leia o texto “Por que falar de religião em sala de aula?” de Silas Fiorotti.

Envie também a sua foto e publique nas redes sociais com a hashtag #nãoàintolerânciareligiosa com uma mensagem de respeito aos adeptos de diferentes crenças e contra a intolerância religiosa. Segue link com os cartazes da campanha.

Informações: espiritualidadelibertaria@gmail.com.

9ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa (25/9/2016), no Rio de Janeiro

No dia 25 de setembro (domingo) a partir das 11h, ocorrerá a 9ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, na Praia de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro.

Esse evento, organizado pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), na sua nona edição, vem com o título “Liberdade religiosa: vamos dar o exemplo ao mundo”. Além de ser uma celebração à fé e acima de tudo ao respeito, vem no formato de festejo, culminará com shows e apresentações de diversos segmentos religiosos.

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Informações: caminhadadaliberdadereligiosa@gmail.com.

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Lembramos que, em breve, ofertaremos o curso de extensão universitária “Diversidade religiosa em sala de aula”, aqui na cidade de São Paulo. Informações: espiritualidadelibertaria@gmail.com.